Branding e o seu negócio: como é essa relação?
Foto: OfirPeretz/iStock Branding e o seu negócio: como é essa relação? Quando entrei para a universidade, em 2007, Marketing era o curso mais competitivo dentre as opções das Ciências Humanas. Mas não zerando em Matemática, dava pra passar. Até então, era uma especialidade cool, criativa e até divertida, que fugia à dureza das Exatas. No entanto, hoje, o Marketing mudou e se aproxima cada vez mais da exatidão dos números. O campo da Economia, que mistura matemática com comportamento, faria mais jus à área de conhecimento exigida de um profissional de Marketing hoje. Essa mudança não veio pelo mundo acadêmico, mas sim pelo mercado, que trouxe uma erupção de dados e indicadores para uma disciplina que, antes, era focada apenas em criação e em pessoas. Uma mudança relevante graças à nova configuração do mundo digital, das vendas e da performance possibilitada pelas novas tecnologias. Novas mídias permitiram anúncios mais direcionados, pagando-se pouco por isso – o que foi fruto de dados de terceiros que eram livremente transacionados e da curva de saturação das mídias digitais, que levou tempo para ter a superlotação que as mídias de massa já tinham. Nesse novo contexto, profissionais de Branding focaram mais nesse lado humano do Marketing – olhando mais para tom de voz e propósito, enquanto outras áreas discutiam números e negócios. Esse movimento afastou os profissionais de Branding da habilidade de trazer resultado. E afastou os profissionais de Marketing daquilo que realmente move as pessoas. Porque, no fim, os dois lados são essenciais. Um não existe sem o outro. Agora que as mídias digitais estão atingindo um platô e são poucos os que fazem a conta fechar, empresas que não investiram em suas marcas na última década já percebem que as pessoas compram não mais apenas pelo impulso, pelo call to action e por estarem no lugar certo e na hora certa. Mas sim porque existe conexão emocional com o produto. É óbvio que impulso, CTAs e praça são importantes, mas tudo isso só é possível quando a consumidora ou o consumidor já está no ponto de se relacionar com você. O papel do Marketing é usar performance para capturar a demanda, mas também garantir que a pessoa escolha a sua marca quando a oferta aparecer na sua frente. Qual é, então, o papel do Branding para seu negócio este ano? Fazer com que a consumidora ou consumidor potencial esteja pronto para comprar de você na hora certa. E somente 5% deles estão no momento da compra agora, segundo a regra 95-5, descoberta pelo livro How Brands Grow. Sua marca é o gatilho que faz com que a decisão seja tomada, porque Branding gera afeto, e afeto gera disposição para comprar. Branding gera relevância, que gera preferência. Branding gera identificação, que gera elasticidade – essa disposição para comprar diferentes produtos de uma mesma marca. Branding gera amor, que gera fidelidade. É como gás e faísca. Branding é o gás; performance, a faísca. E ambos são necessários para acender o fogo. Profissionais de Branding precisam aprender a língua dos negócios – a fórmula desse “novo Marketing”. E as lideranças dos negócios precisam aprender que suas marcas influenciam o comportamento de compra. Esses esforços que acontecem antes da performance pareciam não conectados aos resultados, mas o que descobri ao longo da vida é que eles são só difíceis de metrificar. Mas são possíveis. Porque Branding não se mede com ação de compra; Branding se mede com intenção de compra. E o que posso dizer é: topo e meio do funil também influenciam o resultado final. O papel da sua marca em 2023 é gerar sentimento que gera comportamento. Não existe mais espaço para Branding sem resultado, nem resultado sem Branding. Por: Guta Tolmasquim – Fundadora e CEO do Purple Metrics. COMENTÁRIO Quase enlouqueci quando li essa matéria da Guta Tolmasquim, publicada no site endeavor.org.br. A construção de comportamento relacionado a entrega efetiva das marcas é fundamental para que, organizações, empresas e políticos, que adquirem espectro de MARCA, sintam que a relevância está diretamente relacionada à entrega de suas promessas para as pessoas, e não apenas na imagem de poder que se constituem. Se uma marca deseja ter longevidade em seu mercado, suas carreiras e seus desempenhos devem ser construídos a partir do marketing. A ferramenta de gestão é extremamente valiosa, pois encurta a distância do cliente com a marca e é capaz de criar vínculos emocionais que ultrapassam a fidelidade, indo além da admiração. Por fim, o texto me fez lembrar das aulas que ministrava na faculdade, quando introduzi a capacidade de lidar com os números como métrica para as decisões, onde os alunos relatavam exatamente o que a autora disse. Quando o aluno percebia a matemática, diziam, “se soubesse que teria matemática no curso, não teria escolhido Marketing ou Publicidade”. Eles venceram o medo e se tornaram grandes líderes de comunicação e negócios. Prof. Me. Lúcio Olivo Rosas. Mestre em Comunicação e Semiótica: Significação das Mídias Professor universitário e Market intelligence Professional @lucio_rosas_ / @maringacominformacao / VEJA MAIS 19 de outubro de 2023 A satisfação das pessoas ainda é a melhor estratégia de Marketing 19 de outubro de 2023 Prefeitura inicia projeto para agilizar a entrega de próteses dentárias 16 de outubro de 2023 Discriminação Geracional no Marketing. É hora de falarmos sobre esse assunto 16 de outubro de 2023 Começam os trabalhos do Trevo Catuaí em Maringá. 4 de outubro de 2023 A Inteligência Artificial como reforço para a segurança nas escolas 29 de setembro de 2023 Nova Unidade Básica de Saúde (UBS) em Maringá