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Afinal, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? Ou ainda, o candidato ou o cidadão? – Parte II

Afinal, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? Ou ainda, o candidato ou o cidadão? Parte II Você conseguiu ler a matéria anterior? Chegou a uma conclusão?? Para melhorar esse entendimento, vamos relembrar algumas afirmações do texto anterior: 1 – OVO VEIO PRIMEIRO  Segundo os historiadores, os répteis depositam ovos e as aves que descendem deles também depositam ovos, já que possuem essa característica. Portanto, é possível afirmar que o ovo surgiu antes da galinha.   2 – CIDADÃO VEM PRIMEIRO  O voto, como forma de expressão democrática num regime republicano, é o instrumento mais valioso para a representação popular. Sendo assim, como ele é proferido pelo cidadão, este deve estar à frente das preocupações de todos os agentes políticos para a autenticidade do sistema representativo e para a defesa dos direitos humanos fundamentais.    HERMENÊUTICA  Para compreendermos as duas citações e, assim, chegarmos a uma conclusão sobre a analogia aplicada no texto da matéria anterior, podemos encontrar na Hermenêutica uma fonte de inspiração, uma vez que ela é um instrumento de análise (RICOEUR, 1989) eficaz na construção imaginária e simbólica para compreender obras teóricas ou poéticas. Dessa forma, a simbologia desejada é compreendida quando aproximamos os dois recursos textuais. Se o ovo surgiu antes da galinha e o cidadão é mais importante do que um candidato, então o ovo está para o cidadão assim como a galinha para os candidatos, certo? Mas calma, essa afirmação não é pejorativa, mas sim iluminadora. Se compreendidas conforme os princípios democráticos, podemos estabelecer uma relação de valor entre os agentes políticos que garantam a evolução e uma qualidade de vida efetiva para todos os cidadãos de uma comunidade.   MARKETING PARA BOAS RELAÇÕES  Se aplicarmos alguns princípios de marketing, como a troca e o valor, provocados por uma organização ou empresa, representada pelos partidos, que lançam seus produtos (no caso os candidatos) para serem comprados (a relação é com o voto) pelos consumidores (representados pelo eleitor/cidadão), com o objetivo de atender às suas expectativas, pode-se estabelecer uma relação de valor, que é, de fato, o que garante a longevidade do produto no mercado. Vocês conseguiram compreender essa analogia entre mercado e eleição? Portanto, é necessário elaborar táticas para consolidar tudo isso, bem como analisar o mercado (opinião dos indivíduos) para criar um produto (candidato) que satisfaça as expectativas dessas pessoas. Essas são as condições cruciais para iniciar uma construção de valor, correto? Muitas vezes acontece o contrário, as empresas definem um produto (candidato), gastam com comunicação para ser aceito (ter o voto) e nem sempre dão o resultado esperado (ganham a eleição). Culpa de quem, da empresa, do produto ou do mercado? A relação de consumo é muito parecida com a das eleições, por isso o marketing político tem sido uma ótima opção para que todas essas decisões estejam em sintonia, pelo menos que garanta a maioria da aprovação das pessoas.   Para ter a aprovação do consumidor (cidadão) e realizar uma compra (ganhar a eleição), deve entregar excelência no consumo (período do mandato), caso contrário, o consumidor (cidadão) vai procurar uma nova opção de produto (candidato). Parece simples, mas na verdade é. Basta ouvir o mercado e oferecer um produto que ele queira! Lúcio Olivo Rosas Então, por que os produtos, em alguns momentos, são adquiridos pelos consumidores e, depois, deixam de ser os preferidos, perdendo espaço para um concorrente? A resposta também é bastante clara: o produto que não cumpre o que promete, causa frustração no consumidor, o que nem a comunicação pode resolver. Ao contrário, toda vez que o produto for anunciado, aumentará a desconfiança, uma vez que o mercado ainda não estabeleceu uma relação de valor com o produto. Sendo os partidos as indústrias onde os produtos serão fabricados, a escolha do perfil do candidato é crucial, pois este deve atender aos anseios do mercado, e não empurrar um produto, pois isso vai dar errado. Além disso, não adianta colocar a culpa no profissional de marketing e de comunicação, pois o erro será da direção da organização. Mas, para ter êxito, o caminho é longo e árduo, pois esse processo de criação de produto terá que passar por algumas etapas, que nem sempre estão nas expectativas da organização. Se considerarmos as eleições como um cenário de trocas, ouvir as pessoas antes é a síntese da relação de confiança que será expressa através do voto. A capacidade de compreender o que as pessoas desejam é a chave fundamental para o êxito em uma eleição. Aqueles que cumprem essa tarefa com excelência, com certeza alcançarão êxito.   Assim sendo, manter o foco no mercado e maximizar a satisfação das pessoas ainda são as táticas mais eficazes de Marketing. Por: Me. Lúcio Olivo Rosas Mestre em Comunicação e Semiótica: Significação das mídias Professor universitário e Market intelligence Professional @lucio_rosas_                        luciorosas.com.br Imagem: autor/canvas VEJA MAIS 7 de dezembro de 2023 Afinal, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? Ou ainda, o candidato ou o cidadão? – Parte II 1 de dezembro de 2023 Afinal, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? Ou ainda, o candidato ou o cidadão? – Parte I 29 de novembro de 2023 O Boticário lança campanha de Natal pautada pela valorização das relações humanas. 10 de novembro de 2023 Paraná, um estado inteligente! A força de suas Smart Cities 8 de novembro de 2023 Em Maringá, Arena Sustentável trará inspiração e práticas para cuidar do planeta. 31 de outubro de 2023 O horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio, ainda é relevante numa campanha?

Afinal, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? Ou ainda, o candidato ou o cidadão? – Parte I

Afinal, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? Ou ainda, o candidato ou o cidadão? Parte I Durante o período de pré-campanha, é comum encontrarmos candidatos que buscam ser vistos de qualquer maneira para garantir sua viabilidade política, ou seja, um partido que os permita disputar uma eleição. Mas quem escolhe é o partido ou a população?    Por meio de uma série de artigos, iniciaremos algumas reflexões sobre o processo eleitoral e sua relevância para o futuro de uma cidade e para a qualidade de vida da população.   Por. Prof. Me. Lúcio Olivo Rosas   – Quem veio primeiro o ovo ou a galinha? Esta frase clássica ainda desperta a curiosidade das crianças e dos adultos, uma vez que todos nós sabemos que a galinha nasce de dentro do ovo e que o ovo sai de dentro da galinha. Uma confusão, não é mesmo?   A ciência ainda enfrenta controvérsias sobre o tema, mas é consenso que o ovo foi criado há muitos milhões de anos, muito antes dos peixes, que também produzem ovos, e muito antes dos répteis. Segundo o professor Fabrício Santos, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, as galinhas, assim como todas as aves, são descendentes dos répteis.   Ou seja, répteis são mais antigos, foram se reproduzindo e geraram diferentes filhotes que se reproduziram e geraram filhotes mais diferentes ainda. Dessa forma, após milhões de anos, eles originaram as diferentes aves, sendo a galinha uma delas. Portanto, os répteis põem ovos e as aves que descendem deles também põem ovos, pois herdaram essa característica.   Então, podemos dizer que o ovo surgiu antes da galinha.   Agora surge uma outra questão em relação às eleições em um sistema democrático:   – Quem veio primeiro, o candidato ou o eleitor/cidadão? Para entender essa indagação, devemos analisar o processo evolutivo do voto como forma de escolha das lideranças políticas, que atinge várias culturas, e, apesar de ser um assunto recorrente, aproximadamente 50% da população mundial não tem direito ao voto.   A história diz que o voto começou em Atenas no século 5 a.C., mas apenas um quinto da população podia votar. Isso mudou muito desde então.   Até o século XIX, a compreensão do voto como um direito que se estende à maioria dos cidadãos ainda era pouco difundida. Nos Estados Unidos da América, um dos mais importantes redutos dos ideais de liberdade e independência, seus membros previam que a ampliação do poder de voto poderia prejudicar a condução de questões relevantes nacionais. Neste aspecto, é importante destacar a luta das mulheres e indivíduos analfabetos pelo direito.   No Brasil, a partir de 1824, com a Constituição do Império do Brasil, somente homens maiores de 25 anos, com padrão de renda de classe média, podiam votar. Mulheres e analfabetos eram excluídos do processo eleitoral. Somente em 1934, as mulheres e os jovens maiores de 18 anos conquistaram o direito ao voto. Além disso, a partir de 1934, o voto era secreto, o que evitava perseguições políticas para aqueles que não votaram nos candidatos que foram derrotados. Apesar desses avanços, os analfabetos continuaram sem poder votar no Brasil.   No ano de 1985, os indivíduos sem instrução ganham o direito de votar e, por meio da Constituição de 1988, a população tem o direito de escolher seus líderes políticos.   Assim, fica claro que o voto, como forma de expressão democrática num regime republicano, precisa de regras que permitam que as pessoas se coloquem à disposição da população para serem eleitas como seus representantes. Surgem então os partidos políticos, organizações formadas pela livre associação de pessoas, com uma ideologia em comum, com o objetivo de assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e defender os direitos humanos fundamentais. São através deles que se viabiliza um representante de uma linha de pensamento, os chamados candidatos.    Desta forma, podemos concluir que o eleitor/cidadão, é mais importante do que o candidato.   No artigo seguinte, vamos aprimorar essas analogias para esclarecer o papel de cada agente em um processo eleitoral. Não percam, temos mais na próxima semana.   Por: Me. Lúcio Olivo Rosas Mestre em Comunicação e Semiótica: Significação das mídias Professor universitário e Market intelligence Professional @lucio_rosas_                        luciorosas.com.br      Imagem: autor/canvas  VEJA MAIS 1 de dezembro de 2023 Afinal, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? Ou ainda, o candidato ou o cidadão? – Parte I 29 de novembro de 2023 O Boticário lança campanha de Natal pautada pela valorização das relações humanas. 10 de novembro de 2023 Paraná, um estado inteligente! A força de suas Smart Cities 8 de novembro de 2023 Em Maringá, Arena Sustentável trará inspiração e práticas para cuidar do planeta. 31 de outubro de 2023 O horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio, ainda é relevante numa campanha? 30 de outubro de 2023 Centro esportivo do Jardim Alvorada é reinaugurado

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